quinta-feira, 14 de abril de 2011

Um presente inesperado


Ele surgiu. Sabe ele? Aquele cara que a gente espera por anos e anos e, que de repente, quando a gente resolve amar a si mesma e ponto final, ele aparece? Eu estava muito feliz sozinha com os meus dias preguiçosos. Eu estava muito feliz, mesmo. Mas então ele surgiu e deu ares ainda mais surreais para aquela paisagem toda. Daquele tipo que liga, daquele tipo que se importa. Peça rara que encontrei por acaso, caso o acaso existisse.
Sabe aquela vontade de congelar o tempo? É isso que eu queria poder fazer nestes instantes. Congelar o tempo para não minar os dias com a minha desconfiança, com a minha tristeza crônica. São cicatrizes de um longo período de sofrimento, que me viciaram, pior do que chocolate, cafeína ou tabaco. Bem, eu não tenho um destes aparelhos-congeladores-de-tempo-ou-de-humor. Mas, sabe? Se eu morresse hoje, morreria feliz por ter sentido estes instantes preciosos da alma para fora.
Não sei se foram as rezas da minha mãe, que queimou tantas velas nos últimos dias, ou o que. Pode ter sido, já que as mães são seres de milagres, afinal elas provem a vida, com a ajuda de algum serzão que está em tudo. Não sei se é chamada Lei do Retorno, algum merecimento, algum sonho daqueles que você demora para acordar. Seja o que for, esta dita felicidade é mesmo um tanto doce. Não doce daquele que enjoa; doce daquele jeito, no ponto certo, que dá vontade de experimentar mais um pouquinho, com mordidas leves e suspirantes.
Trecho do lindo mordidas leves & suspirantes que encontrei no café, cigarros e desordem da Fabita.

Dedicado para todas as pessoas que, assim como eu, foram surpreendidas por aquele alguém que apareceu bem na hora certa.

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