sábado, 23 de abril de 2011

É assim que sou

Sou uma pessoa que procura viver bem com as pessoas, sou meio palhaça, tenho um bom coração, não julgo as pessoas. Acho que cada um sabe das escolhas que faz na vida. Detesto fofoca... A fofoca consegue destruir a vida das pessoas. Não tenho vergonha de pedir desculpas quando erro. Defeitos: tenho de monte... Às vezes acho que até mais do que “qualidades”.

Quando falo que gosto de alguém é muito mesmo e de verdade. Quero ajudar, quero dar presente. Às vezes deixo até as pessoas me fazerem de boba. Não procuro agradar a todos; isso é impossível. Acho que quem faz isso acaba se anulando

Quando não gosto, não consigo disfarçar por muito tempo. Sou muito sincera, sei que às vezes preciso até ser “domesticada” na hora de falar com os outros. Não sei fingir; as pessoas percebem nos meus olhos quando estou triste ou nervosa.

Gosto das coisas simples da vida. Sei que às vezes sou fresca. Gosto das pessoas pelo que elas são, pelo jeito e o respeito que sinto que elas tratam os outros. Amo escutar os “velhinhos”. “Velhinhos” de uma forma carinhosa. Eles têm muito que ensinar prá gente... E eu logo logo vou ser uma. Amo crianças; elas são perfeitas, puras, carinhosas, sinceras - às vezes até demais. Me divirto muito com o que elas falam ou fazem..

Perdi duas pessoas que amava muito na minha vida. A minha primeira perda foi meu pai. Tinha sete anos e demorei muitos anos para superar isso. Cresci com um certo trauma. Comecei a ter medo, muito medo de amar as pessoas e depois perdê-las...

Acredito muito em Deus, mas briguei muito com Ele quando minha mãe teve AVC. Falava prá Ele: “ela não merece passar por isso, ela foi a melhor mãe do mundo”. Nem o Pai Nosso conseguia rezar, principalmente quando tinha que rezar “QUE SEJA FEITA A VOSSA VONTADE”. Pensava que seja feita Vossa Vontade o “caramba”, “que seja feita a minha vontade. Quero minha mãe bem”. Mas Deus é paciente e com o tempo fui me acalmando. Sei que Ele só quer o bem para os seus filhos, agora penso, “se ela passou por tanta coisa, algum motivo tinha”. Essa foi minha segunda perda.

Há quatro anos Deus me deu um presente. O presente mais perfeito que recebi. Só Ele sabe o que faz. Me deu a Julia, que sofreu... Sofreu muito quando nasceu. Quase a perdi. Mas sei que Deus a protegeu muito e continua protegendo. Nada do que os médicos falaram aconteceu, ela é uma das crianças mais felizes que conheço. Falante. Nossa! Como fala. É inteligente, carinhosa, adora beijar as pessoas, abraçar do nada. Ela fala “obrigada” mamãe, “obrigada” papai. Uma das vezes que ela falou isso, que nunca vou esquecer, ela tinha acabado de sair de uma cirurgia e estava com gesso até a coxa nas duas pernas. Poderia estar irritada, brava, mas que nada... Ficou quatro semanas assim e levou tudo na brincadeira e foi numa das épocas mais quentes do ano. Sei que qualquer adulto estaria de mau humor, desesperado e reclamando o tempo todo. Agora ela deu de falar que está namorando e ainda dá beijo na boca. Enfim, ela me ensina a ser uma pessoa melhor a cada dia, a ter mais força, a ter mais fé. E isso acontece todos os dias...

Muitas pessoas passaram pela minha vida. Algumas por apenas alguns segundos, outras por minutos, outras por algumas horas, mas conseguiram falar exatamente aquilo que eu estava precisando escutar naquela hora. Palavras carinhosas, bonitas. Alguns nem falaram nada, mas apenas o sorriso... Ah! O sorriso já foi o suficiente para me deixar feliz. Queria ter tido a chance de dar um abraço bem apertado nelas e dizer o quanto foram importantes na minha vida naquele momento.
Serão inesquecíveis.

Quem escreveu essa lindeza foi minha querida tia, Lúcia. Ela veio aqui em casa e logo me disse que tinha escrito um texto e que gostaria que eu o lesse. Bem sincero e bonito, né?

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