sexta-feira, 28 de maio de 2010

É o que tem para hoje

Caio Fernando Abreu, Clarice Lispector e Carlos Drummond de Andrade são uns dos escritores que, por vezes, falam por mim. Identifico-me completamente com certos trechos de algumas obras desses incríveis autores. Enfim...
Hoje de madrugada, antes de desligar o computador e ir para minha aconchegante cama, parei para ler um dos twitters que fizeram para o Caio Fernando. E como sempre, acabei me identificando. Dessa vez por essa frase:

"Mas de tudo isso, me ficaram coisas tão boas... Uma lembrança boa de você, uma vontade de cuidar melhor de mim, de ser melhor."

É fato que ele conseguiu relatar fielmente o que tem se passado comigo e a fase que escolhi viver. As vezes, nessa imensa vida, a melhor coisa a se fazer quando não há mais condições em insistir em algo, é tentar deixar, ao menos, as lembranças em estado bonito. É ter recordações e poder pensar nelas sem sentir nada além de alegria. É também poder deixar que a saudade apareça, sem trazer consigo, nenhum tipo de dor. E sim aquela feliz sensação de missão cumprida por uma fase que passou, um ciclo que fechou e que, por fim, abriu novas portas para outras fases e outros ciclos.

“Vou olhar os caminhos, o que tiver mais coração, eu sigo.”

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Entrevista: Wander Wildner e suas (multi)fases

Foto: site oficial

Logo que li as respostas das perguntas que mandei via email para o eterno punk brega (ao menos para mim), Wander Wildner, logo pensei na expressão (multi)fases. "Por que (multi)fases?", muitos devem estar se perguntando. Ai vai a explicação.
Wanderley Luiz Wildner nascido em 20 de setembro de 1959 estudou em sete escolas do bairro onde morou, localizado na zona norte de Porto Alegre. Já trabalhando, aos 14 anos, comprou sua primeira bicicleta - usada.
Fez parte de vários grupos de escoteiro - Grupo de Escoterios Pio X, Grupo Leo Borges Forte - se tornando escoteiro senior no Grupo Tapajós.
Em 1979, depois de servir o Exército, participou do grupo teatral Vem-de-sê Sonhos, sendo ator e depois iluminador. Trabalhou como assistente de produção no média metragem "História" e logo depois executou a função de ator no longa "Deu Pra Ti Anos 70"
Entrou nos Replicantes depois de ter ficado um mês ouvindo e cantando as músicas do grupo, gravadas em fita k7. Anos depois, saiu da banda e foi trabalhar como diretor de palco do Nenhum de Nós. Tendo assim, um trabalho paralelo com a banda Sangue Sujo.
Depois de ter ido para o Rio de Janeiro e São Paulo executar outras funções, Wander voltou para o sul e formou a banda Los Encarnados. No ano seguinte, mais espeficamente em 1995, seguiu carreira solo.
Atualmente, Wildner mora em Berlim e pretende trazer sua turnê aqui para o Brasil. Ah! E a propósito, ele não tem orkut, nem twitter e muito menos se casou com quatro mulheres conforme alguns sites que registraram tal fato no ano passado.

Meio Bossa Nova – Você passou por muitas bandas (Replicantes, Sangue Sujo, Los Encarnados). Por que a decisão de seguir carreira solo?
Wander Wildner –
porque quando estava na los encarnados, os integrantes eram mais novos e não tinham a mesma disposição e vontade que eu tinha. explicava pra eles o que achava que uma banda tinha que fazer mas eles preferiam não fazer nada. dai, como era só eu que ia atrás das coisas, achei que devia fazer uma carreira solo.


MBN – Depois de ter trabalhado como ator, assistente de produção, iluminador e ter escolhido a música, o que você mais pretende fazer?
WW –
na musica, sempre segui interpretando, atuando, editando, produzindo, e tudo mais que preciso fazer, e gosto.
pretendo fazer musicas novas, e de outra forma. descobrir novos caminhos!

MBN – Seu último disco de inéditas foi em 2004. Tem planos para um novo álbum?
WW –
meu ultimo disco de inéditas foi em 2008, la cancion inesperada. espero fazer musicas novas aqui em berlin.


MBN – Como foi levar a sua turnê para a Europa? Há diferença entre o público brasileiro e o de lá?
WW –
na verdade, não estou levando a minha turne para europa. eu vim morar em berlin, e talvez leve a minha turne pro brasil, no futuro.
só toquei na europa com os replicantes. na carreira solo ainda não. ainda não sei como vai ser, mas imagino que será divertidissimo!


MBN – De onde surgiu a definição “punk brega”?
WW -
usei esse termo para definir meu primeiro disco, baladas sangrentas, que tinha influencias do punk que fiz e ouvi com os replicantes, com a musica brega que ouvi quando mais jovem.


MBN– Você só tem “amigo punk”?
WW –
não sou punk! meus amigos tambem não se classificam. procuramos formas alternativas de vida. meus amigos são muito bacanas!


MBN – Como foi ser um Replicante? Guarda boas lembranças dessa época?
WW –
sim, foi legal e tenho boas recordações.


MBN– O que você tem achado da política brasileira?
WW –
sai do brasil porque não gosto de como a sociedade brasileira convencional vive, e isso inclui a forma de fazer politica.


MBN – O Caso do Cantor Desaparecido tem relação com sua história?
WW -
sim!

MBN – Saindo um pouco da música, quais são seus filmes preferidos?
WW –
magnólia, a vida de brian, fargo,


MBN - Quais bandas você tem escutado?
WW –
kings of leon, bob dylan, chet baker, foo fighters, bandinha di da dó, superguidis


MBN - Você se casou com quatros mulheres pelo twitter. O casamento foi celebrado pelo Zé do Caixão. De onde surgiu essa ideia?
WW –
não tenho twitter nem orkut. não foi eu!


MBN – O que você acha do atual cenário musical brasileiro?
WW –
uma merda!


MBN – Tem alguma banda ou cantor que você gostaria de tocar? Quem?
WW –
almondegas, belchior e taranatiriça.



Clica!
Site Oficial: http://www.wanderwildner.com.br
Myspace: www.myspace.com/wanderwildne
r
Youtube: www.youtube.com/wanderwildner


Agora vocês entenderam o motivo do (multi)fases?

terça-feira, 25 de maio de 2010

A tão sonhada parceria

Desde o ano passado, leio frequentemente o blog O Mundo de Sofisma do Filipe Garcia, e por conta disso, sempre fiquei pensando em uma possível parceria. Algo que pudesse unir as nossas palavras e formar um texto belo - assim como aqueles que ele faz.
Semana passada, mais especificamente na terça-feira, mandei um email perguntando se tal fato seria possível. Ele respondeu no mesmo dia dizendo que sim. Estava tudo encaminhado, e damos início ao texto que você lê aqui.


"... Amei com toda a minha razão, com todos meus abraços, beijos e com toda a minha vontade de ser humano. À minha frente, todas as sombras e todos os objetos que surgiam causavam um comichão por dentro. Era o aviso do novo hóspede que, cheio de malas, as abria uma a uma na certeza de que encontraria ali algum presente capaz de me sinalizar para que veio..."
trecho de "Na esquina, um amor."

Filipe está cursando o último ano da graduação do curso de Direito. Escreve "para diminuir a febre do sentir, como disse Fernando Pessoa. Escrevo porque é uma necessidade. É como se as palavras fizessem contorcionismo dentro de mim e pedissem: peloamordedeus, nos deixe sair. Aí eu deixo, porque elas me infernizam, rs."
Costuma se inspirar em diálogos que ouve na rua. Por vezes, a inspiração vem de frases percebidas e até mesmo em sentimentos que criam rima dentro dele. "Diria que a inspiração me escolhe e não eu a ela."
O Mundo de Sofisma, segundo ele, é uma homenagem ao livro O Mundo de Sofia de Jostein Gaarder. Para brincar com o título a trocou o Sofia por Sofisma. Isso para retratar o incorformismo com "esse mundo tão cheio de afirmativas falsas e tentativas de deturpar aquilo que é bonito."
Atualmente os textos que escreve não carregam uma convergência ao título do blog. E tenta construir as palavras "um mundo que não é sofisma. Mas é sentimento puro, daquilo que mora em nós."

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Entrevista: Nelo Johann

Semanas atrás, postei aqui, algo sobre Nelo Johann. No ato da escrita, na criação de tal texto sobre esse maravilhoso cantor, fiquei pensando que seria muito bom se conseguisse entrevistá-lo. Já que o sigo pelo twitter, resolvi pedir por lá mesmo. Ele aceitou. No dia seguinte, por email, mandei as perguntas.


Foto: Paula Manzo


Foi atráves de Ismael Canepelle - amigo de infância e roteirista de Os Famosos e Os Duendes da Morte - que Esmir filho (diretor do filme) conheceu Nelo e o convidou para fazer a trilha sonora do mesmo. O resultado não poderia ter sido melhor: uma ótima parceria entre um diretor talentosíssemo e um cantor, dono de uma voz admirável.
Nessa quinta passada (20), Johann, abriu o show da cantora Cat Power no Bar Opinião, localizado em Porto Alegre. Esse e outros assuntos foram tratados de maneira única por ele, nessa entrevista concedida ao Meio Bossa Nova e Rock 'n' Roll.

Meio Bossa Nova – Lendo sobre você, descobri que estudou Antropologia. Por que não seguiu a profissão?
Nelo Johann –
Eu não era bom de fato. Sempre quis ser musico. e sabe como é, tem gente que NASCEU pra ser antropólogo. Adorei o curso, mas minha alma não estava naquilo...


MBN – A trilha sonora do filme Os Famosos e Os Duendes da Morte foi feita inteiramente por você. Como foi o convite de Esmir Filho? Como reagiu ao saber disso?
NJ –
O convite veio atraves do Ismael Canepelle, que roteirizou o filme e me conhecia de infância... Então o Esmir me conheceu, entrou em contato comigo e começamos a trabalhar na idéia, bem antes do filme ser rodado... Fiquei felicíssimo, claro. A idéia do filme me agradou muito logo de cara, depois só se confirmou o prazer de trabalhar com pessoas tão talentosas e queridas.


MBN – Você tem algum costume ou mania antes de entrar nos shows?
NJ –
Nada específico não. Você sabe, gosto de biritar, sempre gostei. Mas meu médico tá me regulando.


MBN – Por que a decisão de cantar somente em inglês?
NJ –
Nunca foi uma coisa racional, que decidi, foi natural, desde sempre, talvez por eu ter ouvido mais música em inglês, não sei... Mas tenho algumas poucas canções em português sim. E ao vivo toco "por que te vas", então não canto somente em inglês...


MBN – Qual foi seu primeiro contato com a música?
NJ –
Minhas recordações musicais mais antigas são "yesterday" dos Beatles, que papai ouvia, e "la cumparsita" que vovô cantarolava :)


MBN – Quinta agora (20) a cantora Cat Power se apresentou no Bar Opinião em Porto Alegre. Como foi abrir o show para ela?
NJ –
Foi lindo, o show perfeito, um publico bacana, além de uma honra tocar antes e conhecer uma de suas artistas favoritas. Estamos todos muito contentes e orgulhosos.


MBN – Além da Cat, você tem outras influências?
NJ –
É sempre meio injusto citar influências pois sempre se esquece coisas importantes... mas vamos lá...
neil young
hank williams
cat stevens
frank zappa
bob dylan
the kinks
folk uke
devendra banhart
gram parsons
the byrds
burt bacharach
adam green
charles manson
camper van beethoven
the flaming lips
townes van zandt
tiny tim
johnny cash
mano lima
walter willy
monty python
cat power
beck
the idle race
billy corgan
the beach boys


MBN – Você tem seu próprio 4shared onde disponibiliza o seu trabalho. Por que a decisão de não cobrar nada para baixar as músicas?
NJ – A música, como toda arte deve ser livre. Musico vive de show. É uma bobagem eu cobrar pelos fonogramas. Acho que é meu lado mais generoso, hahaha.


MBN – Sua preferência sempre foi o Folk? Já tentou tocar outros estilos?
NJ –
Eu vim da escola do heavy metal e punk mesmo. mas depois fui indo pros rocks mais clássicos e folk rock. mas agora ando pensando em lançar um disco de batidão sertanejo. tá, é mentira.


MBN – No que você se inspira quando vai compor?
NJ -
Não tenho muito essa de inspiração. falo muito de mim e das coisas ao meu redor. Credo! Acho que sou meio egocêntrico. Enfim, minhas letras são bem banais se você prestar a atenção.


MBN – Por que a preferência por trabalhar em casa?
NJ –
Liberdade e conforto. Simples assim.


MBN – Você já fez covers de Frank Sinatra, Amy Winehouse e Beach Boys. Quais serão os próximos?
NJ –
Elvis, Ramones, Iron Maiden, Burt Bacharach, Adam Green... quero fazer versões de uma galera bem diversificada, do meu jeito. Amo muitos estilos de som, então pode rolar as coisas mais bizarras!


MBN – Saindo um pouco da música. Você gosta de assistir filmes? Quais são seus preferidos?
NJ –
Na verdade sou um baita preguiçoso pra filmes, maior vergonha. Mas agora me ocorre "Down by Law". Tom Waits e Benigni destroem nesse filme.


MBN – Você ainda mora em Porto Alegre, né? O que costuma fazer por ai nas horas vagas?
NJ –
Pois, ando pensando em ir pra sampa, mas ainda moro aqui sim. Ah, não faço nada de muito interessante não. Caminho poraí bastante e gosto de bares. Muito até. Mas basicamente quando não estou tocando, tô pensando em música. Caminhar é bom pra compor, as idéias vêm mais fluidas, então ando poraí com um gravadorzinho de mão. Pintou uma idéia, cantarolo ela ali pela rua mesmo.


Para conhecer melhor:
Myspace: www.myspace.com/bangbangjesus
Twitter:
http://twitter.com/nelo_johann
Download: http://nelo.4shared.com/

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Músicas da semana.

Eles me acompanharam a semana inteira. Embalaram meus pensamentos e me fizeram cantarolar algumas de suas músicas. Cat Stevens, Simon & Garfunkel e Belle & Sebastian.


Meu primeiro contato com a música de Cat Stevens foi no ano passado. Vi que alguém da minha lista de contatos do Messenger estava ouvindo e decidi experimentar.
Logo na primeira música do CD que baixei, fiquei surpresa: conhecia aquele cantor. Ouvindo as outras, descobri, de fato, que realmente, já tinha tido contato com aquela voz.
Desde esse dia, ele não me abandou mais. Escutava uma vez ou outra, só quando realmente tinha vontade. Mas nessa semana isso mudou. Cantarolei algumas músicas, escutei todos os dias e fiz algo que adoro: imaginei cenas com algumas canções.
Depois de se tornar mulçumano em 1997, Cat Stevens deixou de responder por esse nome e passou a se chamar Yusuf Islam. Destaque para Wild World, Father & Son e The Wind.


Simon & Garfunkel me acompanha desde a infância. Foi meu pai que os apresentou para mim. Só que eu, para não perder o costume, detestei a música deles.
Também no ano passado, voltei a escutar, só que com outros ouvidos. Desde a primeira tentativa, decidi que prestaria mais atenção nas letras, no ritmo e nas vozes. Acabei gostando, mas escutava quando realmente sentia vontade.
Esse fato mudou nessa semana. Cat Stevens me fez lembrar de Simon & Garfunkel, e voltei a ouvir.
A dupla - briguenta - norte-americana tocou junto novamente em 2004, depois de anos separados. De fato, eles têm temperamentos distintos, mas quando unidos, foram capazes de fazer lindas músicas. Ouça The Sound of Silence, The Boxer e America.


Apresentada por um amigo, Belle & Sebastian me encantou logo de cara. Creio que tal fato tenha acontecido, mais especificamente há quatro anos atrás, quando ainda tinha meus quinze anos de idade.
Para variar, abandonei as músicas por um bom tempo, mas nunca fui capaz de esquecer a voz doce de Stuart Mudorch.
Para a minha surpresa, o retorno aconteceu. Foi no filme Juno, onde duas canções - maravilhosas - faziam parte da trilha sonora. Porém, depois da febre que o longa-metragem causou na minha vida, deixei de ouvir novamente. No começo da semana, procurando o que escutar, me deparei com algumas músicas. Deu no que deu: a volta. E amei, estou amando ainda.
Atualmente o baterista, Richard Colburn, está em estúdio com o Gary Lightbody (vocalista do Snow Patrol) e Peter Buck (guitarrista do R.E.M) para realização do primeiro álbum da banda Tired Pony - ideia de Lightbody, que será lançado em 12 de julho deste ano. O CD também conta com as participações de Zooey Deschanel (She & Him), Scott McCaughey e Tom Smith (The Editors). Escute Funny Little Frog, Another Sunny Day e Expectations.


Músicas para a próxima semana?
Ainda não sei. Veremos...

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Para sempre: Beirut

Há certas coisas que são para sempre. Músicas e bandas que trazem recordações e sensações. Filmes, falas e até mesmo pedaços dos mesmos que calham bem para o momento em que se está vivendo. De uma forma ou de outra tudo é eternizado. Isso, na mente de cada um.


A minha escolha de hoje - para dar início ao para sempre - é a banda norte-americana, Beirut. O primeiro contato que tive com eles foi na minissérie Capitu (baseada na obra de Machado de Assis) com a música Elephant Gun, tema do casal principal - Bento e Capitu.
Logo depois dessa descoberta, procurei por mais músicas. Batata! Acabei me apaixonando completamente.
O conjunto é composto por Zach Condon - líder do grupo que nasceu em Santa Fé no Novo México, Jeremy Barnes e Heather Trost. A marca principal do Beirut é o ukelele utilizado em quase todas as canções por Zach.
Além da maravilhosa Elephant Gun, amo completamente Postcard From Italy e A Sunday Smile. Porém, o vídeo que escolhi para postar é o da música Nantes. Isso porque de tão incríveis, eles fazem de simples vasilhames de lixos, instrumento.



♥♥♥

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Amor Sem Escalas, Jason Reitman

Decidi nesta semana, que por alguns dias vou assistir filmes mais lights, comparado com aqueles que tenho visto atualmente (Requiem Para Um Sonho, Donnie Darko, Veludo Azul, entre outros. O primeiro foi A Felicidade Não se Compra de Frank Capra (citado neste blog) e hoje, finalmente, assisti Amor Sem Escalas.
De fato, quando descobri a existência desse filme sabia que a direção ficaria por conta de Jason Reitman - mesmo de Juno (filme que amo) - e já sentia que ele faria um ótimo trabalho. Na verdade, Amor Sem Escalas é adaptação de um livro lançado em 2001.
Além de ter sido bem feito e possuir uma linda história, conta também, com maravilhosos atores: George Clooney, Vera Farminga e Anna Kendrick.



Ryan Bingham é um executivo contrado para demitir funcionários de outras empresas. Ele passa a maior parte viajando por várias cidades cumprindo essa função. De tão acostumado à isso, cria seu próprio roteiro com falas pré-pensadas para confortar os recéns-desempregados.
Viajando de um canto para outro dos Estados Unidos, convivendo apenas com check-ins de areoporto e hotéis, acaba desenvolvendo técnicas para que o tempo seja poupado. Um exemplo é a cena do areoporto onde pega a fila dos asiáticos porque eles são mais rápidos.
Porém, as coisas mudam quando duas mulheres entram na sua vida. A primeira é Alex, o próprio Bingham só que em versão feminina, e que vive mais viajando do que na própria casa. Sem compromisso nenhum, ambos se comunicam com seus blackberries e vêem quando suas escalas batem através do notebook.
A outra é Natalie, uma recém-formada que entra na empresa para implementar um sistema de demissão por vídeoconferência, dando um toque mais impessoal para tal fato.
Por Up In The Air ter sido trazido para Amor Sem Escalas, muitos pensam que o longa-metragem é apenas uma comédia romântica. Mas não. Ele é o típico filme que faz muitos pensarem no modo que têm vivido a vida.


Título Original: Up In The Air
Direção: Jason Reitman
Roteiro: Jason Reitman e Sheldon Turner
Elenco: George Clooney, Anna Kendrick, Vera Farmiga

terça-feira, 18 de maio de 2010

A Felicidade Não Se Compra, Frank Capra

Antes de começar este post, preciso fazer uma confissão: nunca gostei de filmes em preto e branco. Talvez seja pela idade (19) ou até mesmo pela falta de costume. Por muitas vezes já tentei assistir filmes neste estilo, mas nunca consegui. Era estranho ver na tela algo feito em duas cores, diferente do colorido que temos desde as primeiras tentativas (não tão bem sucedidas) em 1933 com a animação Flowers and Tress de Walt Disney, e o longa-metragem de 1935, Vaidade e Beleza de Rouben Mamoulian e Lowell Sherman.
A Felicidade Não se Compra de Frank Capra me comoveu completamente. É o tipo de filme que pode fazer qualquer um a dar mais valor a vida e às coisas maravilhosas que a mesma proporciona.



George Bailey, desde pequeno, é o típico menino bondoso que quando cresce sonha em modificar o mundo. Quando seu pai morre, ele fica responsável pela firma - um banco nada convencional que empresta dinheiro, sem a cobranças de juros e afins, para as pessoas que realmente precisam. Largando, assim, a oportunidade de estudar em outro lugar, dando a vez para seu irmão.
Na mesma cidade - Bedford Falls - que a família Bailey mora há um banqueiro chamado Henry Potter que tenta, a todas as custas, dominar a mesma. Ele é capaz das piores faucratuas e é o responsável pela vontade que George sente, em um determinado momento, de se matar. Tal fato, na verdade, acontece bem no dia do Natal.
Por conta de tantas orações, enviam para a Terra um anjo chamado Clarence, que recebe a missão de tentar convercer George a continuar a vivo. Em contra, o anjo, se conseguir cumprir sua tarefa, conseguirá ganhar as tais asas que sempre quis.


Título original: It's a Wonderful Life
Ano de Lançamento: 1946
Direção: Frank Capra
Atores: James Stewart, Donna Reed, Lionel Barrymore, Thomas Mitchell, Henry Travers, Beulah Bondi

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Nelo Johann, Pigeon Suicide Squad

Praticamente toda semana procuro coisas novas para ouvir, mas são poucas as músicas que se arrastam por mais de sete dias. Assim, tenho contato com as mesmas depois de meses. Só que dessa vez foi diferente e confesso que estou completamente apaixonada pela voz de Nelo Johann, e mais especificamente pela música Pigeon Suicide Squad - uma das que faz parte da trilha sonora do filme Os Famosos e Os Duendes da Morte (vale a pena conferir).



Por cantar somente em inglês e ter Johann depois do nome, muitos pensam que ele não é brasileiro. Ai que está o engano. Nelo nasceu em Estrela, interior do Rio Grande do Sul. É multiintrumentista e compôs a trilha integral do filme Os Famosos e Os Duendes da Morte do diretor Esmir Filho.
Além de tudo, com 27 anos, já tem 13 álbuns e 6 Eps - todos compostos em casa. Atualmente trabalha no novo projeto, On the go - work in progress album, no qual grava as faixas no conforto de sua casa e as publica no seu 4shared conforme são finalizadas. Disponibilizando, também, algumas músicas no My Space.
Johann tem como principais influências a cantora Cat Power, o trio Beach Boys, o cantor Cat Stevens, entre outros. Falando em influências, Nelo abrirá o show da cantora Cat Power no dia 20 deste mês às 20:00 no Bar Opinão localizado em Porto Alegre.
Além de Pigeon, amo as músicas Lo-pop junk song ( de The Lowest Fi Stones), Bow & Ribbons (do novo trabalho On the go) e 21st Says "love" (de Nelogism).



Vale a pena conferir! ♥

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Conto Vigário: marca mais que brasileira

Sempre procuro sites que tenham algo sobre as bandas e filmes que gosto. De uns tempos para cá, tenho me interessado totalmente por camisetas. Aliás, esse interesse não vem de hoje. Já ganhei de presente T-shirts compradas virtualmente, e digo, é uma ótima pedida.
A minha última descoberta é a marca londrinense, Conto do Vigário, que busca oferecer conforto ao disponobilizar modelagem unissex (que tanto serve para homem tanto para mulher) e baby look para as meninas.



Além das belas camisetas, a marca também confecciona bolsas. Uma mais linda que a outra. Tem do Andy Warhol, outra que se chama Glasses e até mesmo do Elvis Presley. Todas são dupla-face. Ah! E os Moletons! Lindos também.
O melhor de tudo é o preço acessível. As camisetas variam de R$ 20,00 até R$ 42,00 enquanto as bolsas vão de R$ 36,00 a R$ 40,00 e os moletons de R$ 110,00 a R$ 130,00.

Conto do Vigário - Show Room
Rua Belo Horizonte, 329, sala 05.
Londrina - PR

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Henrique Larré: de Alegrete para o Mundo.

Foto: arquivo pessoal

O garoto da foto acima é o "Menino sem nome" do filme Os Famosos e Os Duendes da Morte. Confesso que logo que assisti o longa-metragem, dirigido por Esmir Filho, senti imensa vontade de entrevistar o protagonista do mesmo. Eis que consegui - depois de algumas trocas de tweets e de alguns e-mails, para saber o que exatamente perguntaria.
Henrique Larré, nasceu em Alegrete (interior do Rio Grande do Sul) em 30 de maio de 1990. Começou a se interessar pela profissão de ator logo que começou a fazer teatrinhos na escola em que estudava. Foi descoberto por Esmir Filho através de seu fotolog, convidado para o processo de seleção e se transformou, finalmente, em um dos quatro personagens principais do filme.
Após o término das filmagens, Larré viajou para São Paulo, onde fez o curso de Cinema e Tv. Não sabe exatamente o que vai ser do seu futuro, mas pretende se apromirar fazendo mais cursos de atuação. E diz que encararia outras experiências cinematográficas se elas forem tão legais como a do primeiro longa que atuou.
Saiba um pouco mais sobre Henrique Larré, o ator principal de Os Famosos e Os Duendes da Morte, e que tem uma brilhante carreira pela frente. Anotem este nome!


Meio Bossa Nova – Como descobriu que gostaria de ser ator?
Henrique Larré
Então, eu sempre gostei desse universo.. fazia aqueles teatrinhos na escola, sabe?! Mas sempre fui timido, então à medida que fui crescendo isso foi ficando mais difícil. Só percebi mesmo que poderia fazer isso, nas oficinas de seleção do filme. Lá que me forcei a perder um pouco da timidez e encarar o desafio.


MBN – Li em uma de suas entrevistas que o Esmir Filho (diretor do filme) encontrou seu fotolog, gostou dele e deixou uma mensagem falando sobre a filmagem de um longa- metragem. Qual foi a sua reação ao ler isso?
HL – A primeira coisa que lembro é que meu coração acelerou muito. ahaha Eu não acreditei naquilo até pesquisar no google sobre o Esmir e sobre o projeto. Quando vi que era verdade fiquei louco, queria ir correndo pra Porto Alegre tentar.


MBN – Você tem alguma mania antes de entrar em cena? Quais?
HL –
Não, na verdade não... n'Os Famosos eu ficava conversando com o pessoal da equipe, ou comendo alguma coisa antes de entrar em cena. haha


MBN – Em algum momento da vida você já se pareceu com o personagem que contracenou no filme? Por quê?
HL – Neste momento eu estou me sentindo como ele, na verdade. Pelo fato de estar na cidade onde nasci e cresci, por estar novamente usando a internet pra me sentir parte do mundo, e também por alguns problemas familiares.. o personagem passa por tudo isso. Então posso te dizer que já senti, sinto e ainda vou sentir como ele, no futuro.


MBN – Você tem algum tipo de amuleto? Objeto do qual não se separa por acreditar que traz sorte? Quais?
HL – Não, nenhum! Mas acho interessante depositar a tua fé em algum tipo de objeto.. acho que se tu coloca muita força em alguma coisa, ela acaba funcionando de algum jeito!


MBN – Sei que um dos seus filmes preferidos é o I am Sam. Que mensagem esse filme trouxe para você?
HL – O I Am Sam é aquele tipo de filme que é feito-para-fazer-chorar. Ele usa todos os metodos possíveis pra te fazer morrer afogado em lágrias haha.. A trilha sonora, as atuações, os dialogos, o roteiro..tudo! E eu gosto de assistir um bom filme que me faça chorar. O sean penn é um ator incrível! A atuação dele no filme é fantástica. Eu, como ator, gostaria de ter o controle que ele tem sobre as emoções. A Dakota Fanning também é demais, sempre gostei do trabalho dela.. Então a junção de tudo torna o filme, pra mim, ótimo! É simplesmente uma história de amor, não tem como não achar no mínimo bonito.


MBN – O que não pode faltar na sua playlist?
HL –
Atualmente Beatles! Tenho ouvido também The XX e algumas coisas aleatórias.


MBN – Antes de Os Famosos e os Duendes da Morte, você já conhecia as músicas de Nelo Johan? Como foi descobrir a existência do cantor?
HL – Ouvi Nelo pela primeira vez durante as oficinas do filme. O Esmir e o Beto (preparador de elenco) colocavam Pigeon Suicide Squad durante os exercícios.. Ela se tornou a música mais simbólica pra todo mundo que participou.


MBN – Depois do filme, o que você espera para o seu futuro? Pretende continuar a carreira de ator?
HL –
Não sei o que vai ser do meu futuro. Se for pra eu continuar a ser ator, vai ser.. Gostei muito da experiência e acredito que se pintar alguma outra oportunidade tão legal quanto Os Famosos, vou encarar sim!


MBN – O que você pretende estudar depois de ter feito o curso de Cinema e Tv em São Paulo?
HL –
Gostaria de fazer mais cursos de atuação. Tenho que me aprimorar se quiser dar continuidade à isso.


MBN – Como foi sua visita à cidade? O que mais gostou?
HL
– São Paulo é ótima! Adorei todo aquele caos e toda aquela proporção gigantesca que ela tem, comparada às outras cidades que eu conhecia até então. É lá que as coisas acontecem, e isso é muito excitante! Amo a cidade e gostaria de morar lá, pelo menos por um tempo.


MBN – Você esperava que o filme ganhasse três prêmios no Festival Internacional de Guadalajara? Qual foi a reação da equipe ao saber disso?
HL – Então, na verdade eu só fiquei sabendo que o filme estava nesse festival, quando soube da notícia dos prêmios. Então foi uma surpresa dupla.. fiquei super feliz! É bom ver que o trabalho de todos está sendo reconhecido.


MBN – Você mora atualmente em Porto Alegre. Pretende se mudar? Para onde iria? Por quê?
HL –
Como disse antes, gostaria de morar em SP. Penso também em Buenos Aires.. estou pesquisando sobre isso.


MBN – Com quais atores você gostaria de contracenar? Quais dele te inspira?
HL –
Nossa, tem tanta gente! Me sinto extremamente honrado em já ter atuado com alguém que me inspira demais, que é a Áurea Baptista. Acho ela um monstro (no melhor sentido da palavra)! Vale sonhar alto? haha.. Ok, atuar com a Alice Braga seria demais! Gosto muito do trabalho e da história dela.


MBN– Você já assistiu algum dos curtas que o Esmir Filho produziu? Qual é o seu preferido? Por quê?
HL -
Claro! Antes mesmo de fazer o teste para Os Famosos, eu já havia procurado os curtas do Esmir. Gosto de todos, mas Alguma Coisa Assim é o meu favorito!

domingo, 2 de maio de 2010

Alice no País das Maravilhas

E o mês de Maio já começou bem para mim. Ontem, feriado do dia do trabalhador, fui assistir Alice no País das Maravilhas (3D). Lembro-me que fiquei muito ansiosa quando descobri, ano passado, que a obra de Lewis Carrol seria adaptada.
Quando fiquei sabendo que Tim Burton dirigiria o filme, obviamente, não esperei nada convencional. E essa minha sensação foi se confirmando no decorrer do tempo, conforme as notícias sobre o longa-metragem saiam por ai. Vi algumas fotos, li uns textos. Tentei ao máximo me manter informada.



Alice, já com 19 anos, retorna para o País das Maravilhas depois de fugir de sua festa de casamento. Enquanto corre, se depara no caminho, com um coelho branco que usa colete e tem um relógio na mão, decidindo segui-lo.
Acaba assim, caindo em um buraco. Lá se depara com criaturas fantásticas que dizem conhece-la. Mas ela, não se lembra de nada. É que na verdade, quando criança, já tinha ido até aquele lugar, só que sempre considerou tal fato como sonho.
Durante esse tempo, muita coisa mudou. A Rainha de Copas é quem governa, e como sempre, ainda manda cortar cabeças. Enquanto isso o Chapeleiro Maluco e a Rainha Branca aguardam a volta de sua heróina para que a ordem no mundo subterrâneo volte a existir. Só que Alice não sabe se é realmente essa pessoa.

Título Original: Alice in Wonderland
Duração: 108 min.
Direção: Tim Burton
Roteiro: Linda Wolverton
Elenco:Johnny Depp, Anne Hathaway, Helena Bonham-Carter, Crispin Glover, Alan Rickman, Mia Wasilkowska, Stephen Fry, Michael Sheen, Timothy Spall
Disponível no cinema (clique
aqui para saber horários e locais)

sábado, 1 de maio de 2010

Mary & Max - Uma amizade diferente

Em toda sociedade, sempre há aqueles que são incompreendidos e que se confudem até mesmo com as coisas mais simples. Por serem tão diferentes dos demais acabam se sentindo excluídos e não conseguem se enturmar. Há casos que até viram motivo de chacota.
Mesmo com tais fatos sempre há alguém que se sente do mesmo modo. Assim, o sentimento de solidão, que um dia foi individual, passa a ser compartilhado com outro alguém e uma amizade pode acontecer.




É exatamente o que acontece na animação longa-metragem de Adam Elliot. Mary é uma menina australiana, que mesmo morando com os pais, não recebe o devido amor. Tanto na escola quanto na vizinhança, não possui nenhum amigo.
No outro lado do mundo, mais especificamente em Nova York, vive Max, um atípico homem solitário de 44 anos que não sabe como lidar com as pessoas e seus dilemas.
Mesmo com a distância e a diferença de idade, uma grande amizade nasce através de cartas que a menina começa a mandar para ele. Logo na primeira, ousadamente, ela pergunta de onde os bebês vêm. Depois de muito relutar, Max, finalmente responde.
Podemos notar que o cenário muda de acordo com o aparecimento dos personagens. A Austrália é mostrada em tons de marrom enquanto Nova York recebe os tons de cinza.
Na verdade, ambos não são felizes com a situação em que vivem. Mary é sempre vítima do deboche de seus colegas de colégio, mas consegue mudar a situação conforme vai crescendo.
Quando adolescente, estuda medicina na universidade e consegue se casar e ter um filho com o rapaz que sempre foi apaixonada. O mesmo não acontece com seu amigo de correspondência que continua a viver isolado e sofre com as alterações de humor - o que acaba influenciando nas cartas - que define mais tarde como partes da síndrome de Asperge.
Através da linguagem, das imagens e até mesmo da situação dos personagens é possível perceber que não se trata de uma animação para crianças. Adam, ganhou um prêmio no Anima Mundi e no Oscar por seu curta Harvie Krumpet. Em ambos trabalhos, ele usou a técnica de stop-motion, que é quando uma cena é fotografada de quadro a quadro e unida no momento da montagem.

Título original: Mary & Max
Roteiro: Adam Elliot
Diretor: Adam Elliot
Duração: 92 minutos
Ano: 2009
Elenco: Mary (voz de Toni Collette), Max (dublagem de Philip Seymour Hoffman)

Em exibição: Belas Artes, Bristol - Playarte, Lumière Playarte, Shopping Paulista - Playarte (clique aqui para ver a programação completa)