quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Idas e vindas


Se algum dia eu te visse com outros olhos, talvez eu não fingiria ter tudo o que tinha (quanto amor), ou ao menos passasse contigo teu sufoco, mágoas. Nós éramos um só, parecíamos até que tocávamos na mesma banda (meu anjo). Não posso ao menos falar como aconteceu (se aconteceu na verdade).
Tu realmente esqueceu? (Sim). Tu sabes ao menos o nome de nossa música? (Saberá, creio). Mantenha o controle enquanto fixo meus olhos nos teus. Quem sabe, em algum inverno por aí, ou em mais um palco, (você nunca mais irá) possamos trocar sintonias. Será que minha insegurança atual vencerá a sua passada? (Sim). Ou sua insegurança só aumentou durante esse tempo? Cante comigo, tu és e será dona da canção, dê a partida, viva por você (agora será livre), olhe para trás sem deixar vestígios de arrependimentos (sempre existiu). Jogue fora todos os filmes, as lembranças, até aquele all star que eu poderia sentir suavemente (lentamente) os passos, como se eles fossem de algum modo me encontrar.
Nossas vertentes são as mesmas. Posso te chamar para sair? Podemos escutar Stiff Little Fingers novamente, ou melhor, tu pode voltar (com os mesmos olhos) pra mim? Porque, na verdade, se hoje eu te ver com outros olhos (mentira, são os mesmos) eu lhe diria a verdade, eu amo você.

Obrigada Rodrigo, por ter deixado eu publicar essas palavras tão bonitas aqui.

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