quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Só servem para dar risada

Passando pelos canais de televisão logo de manhã, me deparei com a propaganda eleitoral do ex-pugilista Maguila e não acreditei no que vi. Porém as coisas só pioraram quando, de fato, a programação foi interrompida por causa do horário político.



Depois de Clodovil, Ronaldo Esper quer ir à Brasília para agulhar os políticos. Marcelinho Carioca quer jogar no mesmo time que o povo enquanto Maguila deseja defender as crianças, lutar pelo esporte e contra as drogas.
Entre as tantas mulheres frutas, Mulher Pêra resolveu sair na frente e também se candidatar a Deputada Federal. Luciano Enéas e Luciana Costa são as cópias mal feitas do pobre Enéas que deve ter sentido vergonha - onde quer que esteja - quando tomou conhecimento que estão o imitando.
Alessander Vigna - marido da Mara Maravilha - não abriu a boca nem para falar seu número. Imagina se for eleito! É a Mara que vai falar por ele também? E tem o Kiko - do KLB - que levou o irmão, Leandro, para participar da sua propaganda eleitoral. Acho que o Bruno deve ter ficado com vergonha...
Raur Gil Jr. tinha que levar o pai para dar uma canjinha e cantar a versão política da velha música do Banquinho, e Eli Correa não podia dispensar a chance de falar o famoso "Oi, gente!" na propagandinha de seu filho.
Pensa que esqueci do Tiririca? De todos, ele é o pior - apesar de ser engraçado - porque não tem a mínima noção do que pretende fazer se for eleito. Se bem que, muitos políticos não sabem o que fazer e quando sabem, dão um jeito de não cumprir o que prometeram ao longo da campanha. Enfim...

Todos que foram citados e que se dizem candidatos, só servem para a gente dar risada e mostrar como a política é levada a "sério" no país em que vivemos. Não jogue seu voto fora.

4 comentários:

carolina s.r disse...

Seriam a piada do ano, não fosse tão trágico. PUTA QUE PARIU!

Anônimo disse...

Você eu não sei, mas quanto mais candidatos ridículos pedindo voto, mais eu gosto.

O ideal seria que todos os candidatos fossem sérios e capazes, apresentassem suas credenciais e seus programas de maneira convincente ou no mínimo bem articulada, e representassem alguma coisa além da sua própria ambição, ou seu próprio delírio. O ideal seria uma democracia perfeita, em que a escolha fosse entre os melhores. Mas uma democracia perfeita, como é inviável, está apenas a um passo de democracia nenhuma.

Os candidatos inacreditáveis que infestam os horários eleitorais com suas promessas malucas, suas caras assustadas e seus truques patéticos são, na verdade, guardiões da democracia possível. Sua existência garante que estamos salvos de qualquer pretensão ciceroniana a governos só de iluminados. Pense nisso na próxima vez que aparecer um candidato na TV pedindo seu voto porque é um bom filho ou um bom jogador de boliche. A alternativa ao ridículo é muito pior.


A alternativa - Luiz Fernando Verissimo

André Luiz . disse...

"A democracia, que nasceu aqui num mal-entendido, percorreu em nossa história um caminho inusitado – foi murchando aos poucos." Sérgio Buarque de Holanda.


E o horário eleitoral é somente a filmagem de um jardim que já murchou.

Gabi Pasquale disse...

Fico abismada a cada horário eleitoral que assisto. E sinto menos vontade de cumprir meu papel de cidadã e ir votar.
E sabe, confesso que fico triste com isso, porque é a minha primeira eleição.

Enfim, cada um tem uma opinião diferente. Ainda mais quando o assunto é política.