sábado, 19 de junho de 2010

Parabéns, Chico!

Docinhos e guaraná. Velinhas em cima do bolo. Balões decorando todo o salão. Muitas pessoas queridas desejando o melhor e cantando Parabéns em uma só voz. Hoje é dia de celebração. É aniversário do querido cantor, compositor e escritor Chico Buarque.


Dono de lindos olhos claros, Chico Buarque de Hollanda nasce em 14 de Junho de 1944. Desde pequeno mostra interesse pela música e um dos seus maiores sonhos "era cantar como João Gilberto, fazer música como Tom Jobim e letra como Vinícius de Moraes".
A primeira vez que Chico se apresenta em um show é 1964 no Colégio Santa Cruz, cantando Canções dos Olhos - composta na época que escutava Noel Rosa, Ismael Silva, Ataulfo Alves e algumas canções estrangeiras.
Um ano depois de seu primeiro show, o compacto com as músicas Pedro Pedreiro e Sonho de um Carnaval - primeira música inscrita no festival da antiga TV Excelsior - é lançado.
É no João Sebastião Bar, local onde os principais músicos da Bossa Nova se encontravam na época, que ele conheceu Gilberto Gil. Caetano Veloso, no mesmo ano, acaba se encantando ao ouvi-lo cantar Olê, Olá em um show estudantil.
Por causa do programa Pra Ver a Banda Passar, promovido pela TV Record, Chico começa a cantar com Nara Leão.
Com a censura de 1972, a capa do disco Chico Canta - com a músicas da peça Calabar - é proibida. Para driblar a censura, o personagem Julinho de Adelaide é criado. O plano dá certo e algumas canções conseguem ser veiculadas sem nenhum problema.
Anos depois Chico Buarque canta com Caetano Veloso, compõe Vai Passar que acaba virando referência para o movimento Diretas Já. Escreve Estorvo e Benjamim - seus primeiros romances. Escreve também nos jornais Estado de S. Paulo e O Globo durante uma das Copas do Mundo.
Inspirado nas paisagens do Rio de Janeiro, Chico lança em 2006 Carioca, seu último trabalho na área músical. Na literatura, seu último livro é Leite Derramado.
Certamente a MPB não seria a mesma sem a voz, o ritmo e as composições do Chico. Sendo assim, escolhi Construção - a minha música preferida - para compatilhar com vocês.

"Sentou pra descansar como se fosse um príncipe
Comeu feijão com arroz como se fosse o máximo
Bebeu e soluçou como se fosse máquina
Dançou e gargalhou como se fosse o próximo
E tropeçou no céu como se ouvisse música
E flutuou no ar como se fosse sábado
E se acabou no chão feito um pacote tímido
Agonizou no meio do passeio náufrago
Morreu na contramão atrapalhando o público "
Construção

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