Faça-me o favor

No começo tudo parecia entrar nos eixos, tudo estava completo e aparentemente desejável aos meus olhos... E como disse; e disse bem, aos meus olhos, porque aos dele eu não passava de uma pirralha sem graça e sem conteúdo. Eu por muitas vezes sofri, me calei, até tentei.
Eu tento, mas chega uma hora que o amor não é mais o mesmo! E nem mesmo eu com esse coração de manteiga tenho tempo pra me condenar.
Portanto meu eu não me deixou tranquila, não me mantive leal comigo, e só cometi erros, grandes e vagabundos erros, erros perante a mim e perante o meu mundinho, que girava ao redor do dele.
Descobri que em copos de cerveja e em conversas paralelas eu estava me desprendendo desse sentimento, assim como me desprendia dele também, afinal o desapego dele por mim era notório e eu não merecia ter que ser mais um brinquedo para aqueles punhos.
Decidi. Não me arrependo, não volto atrás.
Imagine alguém cara a cara com você desviando o olhar para não demonstrar a fraqueza subliminar pela pessoa ao lado, caso não fosse trágico seria muito cômico.
As únicas coisas de mim que sobraram pra ele foram o sorriso sarcástico dos sábados e um pouco das lágrimas que eu nunca chorei.
Mas com tudo, foi uma bela noite.
Obrigada Kayse, por ter me deixado postar palavras tão realistas aqui.