domingo, 27 de fevereiro de 2011

Para sempre, Caio


Ainda assim, foi surpreendente o modo como enfrentou o diagnóstico da contaminação pelo HIV, fatal naquela década de 90. Ele pedia apenas para ver o ano de 2000 chegar (não deu), e trocou o natural pavor diante da morte inevitável pela serenidade de quem cultiva rosas no jardim de casa, sorvendo o mel que cada fino grão de segundo pode oferecer. “Aquilo que eu supunha fosse o caminho do inferno está juncado de anjos. Aquilo que suja treva parecia guarda seu fio de luz”, declarou, como se renovasse a certeza de que, quando mofam os morangos, há como se colherem outros, “vivos, vermelhos”. Há sempre como se plantar. 

Já faz 15 anos que Caio se ausentou fisicamente. E nos deixou de presente as suas belas palavras.

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