sábado, 14 de janeiro de 2012

Inquietos

Não sou crítica de cinema e acho que não exerceria bem essa função porque assisto filmes com o coração. Conheço pouco da filmografia de Gus Van Sant, até porque só assisti três de seus filmes: “Paranoid Park”, “Elefante” e “Milk – A Voz da Igualdade”. No entanto, sinto a necessidade de expor o que penso, por mais sentimental que isso possa ser.
Assisti “Inquietos” e, antes de fazê-lo, já tinha visto uma imagem do filme estampada no guia Divirta-se do Estado de S. Paulo e me apaixonei. Annabel e Enoch deitados no asfalto e o contorno de seus corpos feito a giz. Achei lindo, ainda mais por fazer lembrar uma cena de Clementine e Joel em “Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças”, na qual o casal é mostrado de cima. Pequenas semelhanças que me encantaram.


Não assisti ao trailer de “Inquietos” e nem li quase nada sobre o filme. Sabia bem pouco sobre a história, o que não transforma o longa em algo desinteressante. Pelo contrário. De tão encantador, interessei-me do começo ao fim.
Annabel e Enoch dividem da mesma particularidade: gostam de frequentar funerais. Cada um possui o seu motivo, que é destrinchado no decorrer do filme. Em uma situação nada agradável, se tornam amigos. A partir daí dividem momentos, confissões, segredos, dores, dentre tantas outras coisas.


Não quero me aprofundar muito na história porque acabaria com todo o mistério que há em torno dela. O que posso dizer é que ela é de uma doçura infindável. Encantadora, emocionante, triste e alegra ao mesmo tempo. A prova de que é preciso aproveitar todos os momentos da vida, independente do que possa acontecer amanhã. Proporcionando alegria a si mesmo e às pessoas amadas. Afinal, para quem você vive?

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