quinta-feira, 31 de março de 2011
Sometimes
Tô fazendo a Claire Colburn de Tudo Acontece em Elizabethtown: I’m impossible to forget, but I’m hard to remember.
Pois é...
segunda-feira, 28 de março de 2011
Cuide bem do seu amor
Rascunho
Matéria frágil é o amor, amor. Por exemplo: uma bomba nuclear e ele já era. Por isso todo casal deveria antes, durante e depois de tudo ser amigo. Só a amizade e as baratas sobreviverão ao fim do mundo do amor.
Outra: encantamento é a coisa mais importante do mundo (petróleo nada, os carros são movidos a encantamento). É claro que acho a criatividade a coisa mais importante do mundo, mas vida deveria ser um pedaço de criatividade cercado de encantamento por todos os lados. Quero dizer, criatividade é a chama, conquanto encantamento é o fósforo, a caixinha, o sambista… e o paiol.
Michelangelo sabia das coisas, vide “A Criação do Homem”. Assim, todo teto é potencialmente uma Capela Sistina. Em suma, encantamento é algo frágil. Encantamento é um bichinho de pelúcia que fala, anda e sente e pensa. É uma pessoa de pelúcia. É a pessoa mais linda do mundo de pelúcia. A pessoa mais linda do mundo nua e de polainas de pelúcia. E te amando. Encantamento é tesão lírico – ou tesão e lirisimo. Mas é frágil como qualquer coisa que morre. Cuide do seu encantamento sob risco de virar cimento – ou rima vã. Aliteração – ou renavam. Enfim, figura de linguagem, retórica, balela, baleia… Pois a sombra do encantamento é pesada e esperneia. Esmaga sem maldade, mas esmaga, atropela, pisa. Tem gente que a gente vê no olhar a sombra do encantamento repisando.
Lembrei dos Paralamas: “Cuide bem do seu amor”. Ao contrário dos filmes e do desejo popular, se tiver de ser será, etc, o amor é o eterno pique até a porta do elevador fechando. Quer dizer, torça para que tenha alguém lá dentro, que te ouça gritar “segura, por favor!”, e, fundamentalmente, corra na direção dele(a).
Porque amor é vida na plenitude, assim, caminha para a morte, seu mar é o fim. Delicado jogo esse, sobre o arame sobre o abismo sobre o poema sobre a página sob os olhos. Em que aquilo é tudo na vida e ainda se tem a vida inteira – não no sentido de tempo, mas espaço. Por isso o casamento é meia pedra no caminho andado para o andor de barro da dor do fim do amor.
Há que se ter destreza para equilibrar tantos contorcionistas chineses, bigornas de cristal, tratores de papel, jumbos de mel… O amor é tão sinistro que te faz viver por contraste, oximoro velhaco – vide o texto.
O amor é o eixo da desmáquina. O amor é molhar a mão. O amor é qualquer coisa que qualquer um escreva, enfim. E esse é o perigo. E ainda bem. E ainda mal. E aí dá. Mas quem sou eu para falar de Roma?
*
Dou toda razão para você, Michel. Que todos os amores sobrevivam!
Quer ler mais textos do Michel? Clica aqui.
Texto: Michel Melamed
Imagem: we♥it
Matéria frágil é o amor, amor. Por exemplo: uma bomba nuclear e ele já era. Por isso todo casal deveria antes, durante e depois de tudo ser amigo. Só a amizade e as baratas sobreviverão ao fim do mundo do amor.
Outra: encantamento é a coisa mais importante do mundo (petróleo nada, os carros são movidos a encantamento). É claro que acho a criatividade a coisa mais importante do mundo, mas vida deveria ser um pedaço de criatividade cercado de encantamento por todos os lados. Quero dizer, criatividade é a chama, conquanto encantamento é o fósforo, a caixinha, o sambista… e o paiol.
Michelangelo sabia das coisas, vide “A Criação do Homem”. Assim, todo teto é potencialmente uma Capela Sistina. Em suma, encantamento é algo frágil. Encantamento é um bichinho de pelúcia que fala, anda e sente e pensa. É uma pessoa de pelúcia. É a pessoa mais linda do mundo de pelúcia. A pessoa mais linda do mundo nua e de polainas de pelúcia. E te amando. Encantamento é tesão lírico – ou tesão e lirisimo. Mas é frágil como qualquer coisa que morre. Cuide do seu encantamento sob risco de virar cimento – ou rima vã. Aliteração – ou renavam. Enfim, figura de linguagem, retórica, balela, baleia… Pois a sombra do encantamento é pesada e esperneia. Esmaga sem maldade, mas esmaga, atropela, pisa. Tem gente que a gente vê no olhar a sombra do encantamento repisando.
Lembrei dos Paralamas: “Cuide bem do seu amor”. Ao contrário dos filmes e do desejo popular, se tiver de ser será, etc, o amor é o eterno pique até a porta do elevador fechando. Quer dizer, torça para que tenha alguém lá dentro, que te ouça gritar “segura, por favor!”, e, fundamentalmente, corra na direção dele(a).
Porque amor é vida na plenitude, assim, caminha para a morte, seu mar é o fim. Delicado jogo esse, sobre o arame sobre o abismo sobre o poema sobre a página sob os olhos. Em que aquilo é tudo na vida e ainda se tem a vida inteira – não no sentido de tempo, mas espaço. Por isso o casamento é meia pedra no caminho andado para o andor de barro da dor do fim do amor.
Há que se ter destreza para equilibrar tantos contorcionistas chineses, bigornas de cristal, tratores de papel, jumbos de mel… O amor é tão sinistro que te faz viver por contraste, oximoro velhaco – vide o texto.
O amor é o eixo da desmáquina. O amor é molhar a mão. O amor é qualquer coisa que qualquer um escreva, enfim. E esse é o perigo. E ainda bem. E ainda mal. E aí dá. Mas quem sou eu para falar de Roma?
*
Dou toda razão para você, Michel. Que todos os amores sobrevivam!
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quinta-feira, 24 de março de 2011
Estrela Liz
David Bowie e Elizabeth Taylor em Bervely Hills no ano de 1975. Essa foi a primeira vez que eles se encontraram.
Precisamos te agradecer pelo que você fez no mundo do cinema. Espero que você continue brilhando independente do lugar que estiver. Descanse em paz, Liz.
Daqui.
terça-feira, 22 de março de 2011
And we can share a can of condensed milk
(...) O Dr. Bernard Hazelhof também diz que a vida de todo mundo é como uma longa calçada. Algumas são bem pavimentadas. Outras, como a minha, tem fendas, cascas de banana e bitucas de cigarro.Sua calçada é como a minha, mas provavelmente sem tantas fendas.
Com esperança, um dia nossas calçadas vão se encontrar e nós poderemos dividir uma lata de leite condensado.
Você é minha melhor amiga. Você é minha única amiga.
Seu amigo de correspondência americano,
Max Jerry Horowitz
domingo, 20 de março de 2011
Florence e seu poder hipnotizador
Por Julia Scheele |
Sei que estou atrasada por nunca ter postado nada sobre Florence and The Machine aqui. Sei que deveria ter entregue meus ouvidos ao que algumas pessoas comentaram e deixar de lado a minha mania boba de "ah, depois eu baixo!" para que não caísse no esquecimento. Mas nunca é tarde.
E olha, simpatizei mais ainda quando a ouvi cantando Postcards From Italy do Beirut. Com certeza é a melhor versão dessa música de todos os tempos. Ninguém vai conseguir superá-la!
Sim, sim. Tenho que confessar que me surpreendi com a presença de palco que Florence tem. Ruiva, branca, de olhos claros e dona de um vozerão. Uma das poucas que têm o poder de hipnotizar qualquer um.
A música a seguir é do álbum Lungs e foi apresentada no Glastonbury. Nem preciso dizer que me emocionei, né?
O novo trabalho de Florence and the Machine será gravado nos consagrados estúdios Abbey Road - onde os Beatles o Pink Floyd gravaram alguns de seu álbuns.
Aguardemos mais novidades.
sábado, 12 de março de 2011
Quando o Joy Division se encontrou com Playmobil
A SoftwareDR reuniu duas coisas que gosto muito em um único vídeo: Joy Division e Playmobil.
Iniciativa boa e bem criativa. Adorei!
Clique aqui e veja o vídeo original de Transmission.
quinta-feira, 10 de março de 2011
terça-feira, 8 de março de 2011
Complexa engenharia da mulher
Estamos em 8 de março e para quem não sabe hoje é o Dia Internacional da Mulher. Para não cair no triste acontecimento que deu a origem a essa data, resolvi postar um vídeo que a Volkswagen fez no ano passado para homenagear nós, os complexos seres do sexo feminino.
Encontrado no twitter do @Eduardocometi.
Encontrado no twitter do @Eduardocometi.
segunda-feira, 7 de março de 2011
Quando é preciso dizer adeus
Lucas Jatoba morou por três anos em Barcelona. Para agradecer a cidade pelos momentos felizes em que viveu, ele resolveu se despedir de uma maneira doce e apaixonante. Delicie-se:
Daqui.
Daqui.
Mais uma do Strokes!
Tem novidades sobre o Alex Turner e o Arctic Monkeys, mas olha, não consigo resistir ao charme do Strokes. Mesmo sendo um assunto até que repetitivo nesse humilde blog, lá vou eu falar sobre eles de novo.
Bom, nesse sábado (5) eles deram - um presentão de aniversário para mim - as caras no Saturday Night Live e foram atração musical do programa. Além de terem tocado Under Cover Of Darkness, apresentaram Life Is Simple In The Moonlight - música que encerra o novo trabalho, Angles.
Juntando as três músicas que eles já divulgaram - Under Cover of Darkness, You're So Right e Life Is Simple In The Moonlight -, dá para perceber que Angles - para não dizer o - é um dos trabalhos mais diferentes dos Strokes. Um misto de estilos e influências.
Agora só nos resta esperar e torcer para a felicidade não se transformar em decepção. Segura a curiosidade, Brasil!
Ps: A NBC bloqueou o vídeo por causa dos direitos autorais. Por enquanto nos contentaremos só com o áudio de Life is Simple In The Moonlight e com a imagem parada do Angles. Bem diferente da performance ao vivo.
Bom, nesse sábado (5) eles deram - um presentão de aniversário para mim - as caras no Saturday Night Live e foram atração musical do programa. Além de terem tocado Under Cover Of Darkness, apresentaram Life Is Simple In The Moonlight - música que encerra o novo trabalho, Angles.
Juntando as três músicas que eles já divulgaram - Under Cover of Darkness, You're So Right e Life Is Simple In The Moonlight -, dá para perceber que Angles - para não dizer o - é um dos trabalhos mais diferentes dos Strokes. Um misto de estilos e influências.
Agora só nos resta esperar e torcer para a felicidade não se transformar em decepção. Segura a curiosidade, Brasil!
Ps: A NBC bloqueou o vídeo por causa dos direitos autorais. Por enquanto nos contentaremos só com o áudio de Life is Simple In The Moonlight e com a imagem parada do Angles. Bem diferente da performance ao vivo.
quinta-feira, 3 de março de 2011
Taquicardia Strokes
Uma das bandas que mais tem me enchido de alegria é o The Strokes. Depois de divulgaram a primeira música de trabalho do Angles - Under Cover of Darkness - e o b-side do mesmo - You're So Right -, agora eles surgem com um clipe.
Pelo que aparenta, Under Cover of Darkness foi inteiro filmado dentro de um castelo. Teve direito até a figurino - fato que não acontecia desde You Only Live Once, um dos singles do First Impressions of Earth - que embelezou mais ainda a figura linda, porém sujinha do Julian Casablancas.
Angles será lançado no dia 21 de março. Mas até lá é capaz que eles aparecem com mais novidades. Vamos aguardar!
Pelo que aparenta, Under Cover of Darkness foi inteiro filmado dentro de um castelo. Teve direito até a figurino - fato que não acontecia desde You Only Live Once, um dos singles do First Impressions of Earth - que embelezou mais ainda a figura linda, porém sujinha do Julian Casablancas.
Angles será lançado no dia 21 de março. Mas até lá é capaz que eles aparecem com mais novidades. Vamos aguardar!
quarta-feira, 2 de março de 2011
Alegria para os fãs do Strokes
Para a alegria dos fãs do The Strokes, mais uma música foi divulgada. Ela se chama You're So Right e faz parte do b-side de Angles, novo trabalho dos caras que será lançado em Março.
Segundo o Move That Jukebox!, You're So Right é o que eles já fizeram de mais diferente. É que a faixa tem vocais abafados e ininteligíveis e uma bateria quase eletrônica. Uau!
O novo do Strokes pode vazar pela internet a qualquer momento. Sei que isso não é novidade e que vai acontecer de qualquer forma mesmo, mas fiquem ligados! Não custa nada!
Jim Swan
Nem preciso dizer que o Jim Carrey é ótimo ator. Em comédia, em drama e até mesmo em tirações de sarro sobre outros filmes ele consegue ser incrível.
Dessa vez Jim entrou na dança - literalmente - e incorporou Lilly, a rival de Nina, de Cisne Negro com direito a collant, meia-calça e sapatilha.
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